100 anos de *Totem e tabu* || Betty Fuks | Carina Basualdo | Néstor A. Braunstein [org.]

Desde sua publicação em 1912–3, Totem e tabu, de Sigmund Freud, permanece envolto em polêmicas. Teatro de sua convivência, luta e ruptura com C. G. Jung, não só suscitou fortes reações dos antropólogos, como engendrou mal-entendidos que ainda persistem. Um dos textos preferidos do próprio Freud e, ao mesmo tempo, obra maldita, tem como fonte das críticas mais severas a viva impressão provocada por sua narrativa do assassinato do pai da horda primitiva.

A um século de distância e após inúmeras leituras, reflexões e interpretações, reúnem-se aqui 11 novas contribuições acerca dessa obra fundamental para a reflexão e a imaginação sobre as origens da civilização, da família, da religião e do Direito. Acompanham tais contribuições, com edições simultâneas no México e na França, trechos da correspondência de Freud com diferentes interlocutores a respeito ao livro, bem como os cinco parágrafos iniciais da publicação de sua primeira parte na revista Imago, em março de 1912, que foram suprimidos de sua edição definitiva em livro, e que só voltariam a ser publicados em 1987, em alemão, em volume suplementar às Obras completas do criador da psicanálise.