Coedição Faperj
ISBN 978-85-7740-119-2
2012, 1ª edição, 238 p., 16 x 23 cm
DESCRIÇÃO
Os arquivos não são mais os mesmos? Nas últimas décadas, as tecnologias da informação provocaram novas formas de se criar, armazenar e usar os documentos arquivísticos. Tornaram-se mais intensas em diversos países – inclusive no Brasil – as demandas sociais pelos direitos à informação, à memória, à privacidade, à propriedade intelectual, enfim, aos arquivos públicos e privados. Ampliaram-se as interpretações sobre os arquivos, seus produtores e usos. Da história à sociologia, passando pela antropologia e a arquivologia, (re)leituras do fenômeno arquivístico têm suscitado abordagens inovadoras. Em um cenário de diversas permanências e grandes mutações, este é um livro imprescindível.
Ao contemplar os mecanismos de patrimonialização do arquivo Darcy Ribeiro, Luciana Heymann nos aproxima de várias facetas de uma das figuras públicas mais emblemáticas da cena política e intelectual brasileira do século xx. O “biografado”, porém, é o arquivo. Por uma via etnográfica, somos convidados a conhecer os caminhos nunca lineares na construção do “legado” histórico de um homem público. Revelam-se então delicadas conexões entre os trajetos pessoais e sociais do indivíduo, e a construção do seu arquivo. A topografia dos “lugares dos arquivos” ganha sentidos com o reconhecimento dos contornos dos “arquivos dos lugares”.
Dialogando com autores de diversos campos das ciências sociais, Luciana Heymann identifica lacunas e possibilidades da arquivologia na abordagem dos arquivos de natureza pessoal. Amparada em vasta experiência no trato desse tipo de arquivo, problematiza alguns postulados e evidencia limites e consequências de certas práticas arquivísticas. Somos conduzidos a novas indagações sobre os arquivos pessoais e a arquivologia, sob a perspectiva de uma sociologia histórica dos arquivos, uma via interpretativa que oferece ricas possibilidades ao pesquisador e ao arquivista.
Ao leitor das ciências sociais, o melhor que se pode esperar: um texto prazeroso que instiga-nos a ampliar debates e a repensar práticas em torno dos arquivos pessoais, seus atores e processos sociais — José Maria Jardim.
Luciana Quillet Heymann
Doutora em Sociologia, pesquisadora e professora associada do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Getulio Vargas.
Sumário ¯ Introdução ¯
A Contra Capa, fundada como livraria em 1992, iniciou suas atividades editoriais em dezembro de 1995. Essas atividades, baseadas inicialmente em suas áreas de especialização, se diversificaram e, hoje, incluem a edição de livros de arquitetura, artes plásticas, cinema, ciências humanas, crítica literária, filosofia, fotografia, história, literatura, poesia, psicanálise e teatro.
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