Coedição Corpo Freudiano Seção Rio de Janeiro
Coleção Janus, n. 7
ISBN 978-85-7740-266-3
2018, 2ª edição revista, 96 p., 16 x 23 cm
DESCRIÇÃO:
Reúnem-se aqui seis dos principais textos do psicanalista Jean-Michel Vivès sobre a voz na clínica psicanalítica, bem como sobre a sua presença na música e na literatura. Dando sequência aos desdobramentos decorrentes da nomeação da pulsão invocante por Jacques Lacan, Vivès aborda não só a metapsicologia e o campo psicopatológico, com destaque para a gagueira, mas também a reinterpretação do encontro de Ulisses com as sereias por Franz Kafka e a invenção da direção de ópera por Herbert Graf, o célebre paciente de Freud conhecido como o pequeno Hans.
A originalidade e o alcance clínico das formulações do autor insistem na relevância de o psicanalista supor a existência de um sujeito capaz de responder ao “Tu és isso” da censura com um “Não sou apenas isso” essencialmente simbólico e surgido sob um fundo de silêncio imemorial desvelado pela voz. Nesses termos, o psicanalista é um sujeito suposto saber que há – além das inibições, sintomas e angústias com que se depara – a criação de um “Eu me tornarei”, cujas coordenadas se valem dos restos decantados pelo trabalho analítico.
Eis por que o fim de uma análise, bem como a conclusão de uma obra teatral ou de uma ópera devidamente encenadas, atualiza a invisibilidade daquele que imprime a sua direção, no sentido de que sua presença se soluciona ou dissolve na trama que leva ao surgimento do inaudito. Ao se separar da necessidade de suas construções sintomáticas, o sujeito se põe a inventar o que será a obra de sua vida, autorizando-se a insistir no que é o seu desejo.
Jean-Michel Vivès
Psicanalista. Membro da Association Insistance, Paris, e do Corpo Freudiano Escola de Psicanalise Seção Rio de Janeiro. Professor de Psicopatologia Clínica na Université de Nice Sofia Antipolis, é também dramaturgo e músico, com especial interesse pela ópera e a prática teatral. Autor de A voz na clínica psicanalítica (Contra Capa, 2012) e La voix sur le divan: musique sacrée, opéra, techno (Aubier, 2012), tem artigos publicados em periódicos na França, no Brasil, nos Estados Unidos e na Colômbia.
Sumário ¯ Apresentação ¯
A Contra Capa, fundada como livraria em 1992, iniciou suas atividades editoriais em dezembro de 1995. Essas atividades, baseadas inicialmente em suas áreas de especialização, se diversificaram e, hoje, incluem a edição de livros de arquitetura, artes plásticas, cinema, ciências humanas, crítica literária, filosofia, fotografia, história, literatura, poesia, psicanálise e teatro.
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